“Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.” (anônimo)
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, (Jair Bolsonaro – Presidente do Brasil, Abr,2020)
A contração das preposição “de” com o advérbio “aí”, indica um ponto no espaço que está distante do falante e próximo do ouvinte; indica no discurso, o ponto no tempo quando alguma coisa se iniciou; introduz uma consequência ou resultado que se relaciona com o que acabou de ser mencionado.
Bolsonaro, infelizmente, ao falar “e, daí”, distanciou-se do ouvinte que o indagou e foi antipático com às famílias ilutadas e sofridas vítimas do vírus assassino, desconsiderou o contexto da triste realidade do coronavírus e minimizou sua consequência mortal.
“Lamento”, foi a palavra sensata dita pelo “brutamontes” falante.
“Quer que eu faça o quê?”. Desnuda sua capacidade. Lava às mãos e declara: “eu não sei o que fazer”! Ao invés de dizer, “estamos fazendo tais coisas para combater o coronavírus e diminuir tais mortes.”
O “Messias Bolsonaro” não faz milagres para si, nem conseguiria trazer as milhares de pessoas de volta à vida.
As circunstâncias que proferiu tais palavras foram inadequadas, vindas da boca do representante maior da nação brasileira que ver-se amedrontada e chorando seus mortos.
“E, daí”, Presidente? Aguardaremos outras tantas palavras e atitudes levianas e antipáticas? Retire o “e daí” e lamente. Esse é o sentimento de todos nós brasileiros nesse momento difícil que estamos atravessando. Cadê o bom senso e a empatia com a dor do próximo?
Concluo, meu protesto citando os Conselhos do sábio Salomão: “A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a estultícia” (Pv.15.2); “Os sábios entesouram a sabedoria; mas a boca do tolo o aproxima da ruína” (Pv.10.14) e “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv.15.1).
Com pesar, lamento e rogo a Deus que console todos aqueles que perderam seus familiares e ente queridos vítimas do coronavírus.
Por Josinaldo Mariano
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