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SAUDADES DO “PEQUENO” PAI

Atualizado: 3 de fev. de 2023

Uma das melhores lembranças da minha vida como pai, era quando eu e meus filhos éramos “pequenos” e nos jogávamos nos braços um do outro e não queríamos mais lagar. Isso acontecia na chegada ou na saída, no cotidiano de nossas “pequenas” vidas. Há que tempo maravilhoso!


Sinto saudades de ser o “pequeno” pai dos meus filhos. Saudades das brincadeiras, de rolar na grama, tomar banho na chuva, pular nas ondas do mar, correr, sorrir e comer algodão doce e tal, de simplesmente ser o “bobão” que os admirava meio desengonçado não acreditando que tinha filhos para chamar de meus.


Eu era o “pequeno” pai que ainda verde e imaturo que às vezes batia o “desespero” com o desafio de criá-los e forja-los para serem melhores que eu, de serem donos de suas próprias histórias de irem longe como nunca fui.


Eu era o “pequeno” pai que enxugava suas lágrimas, mas que também deixava-os chorar para que a dor lhes ensinassem a dureza da vida e que amadurecem para ela.

Eu era o “pequeno” pai que saia pela manhã pensando neles e no compromisso que tinha com eles de amá-los e protegê-los dos mesmos perigos e medos que estava exposto, afinal eu também era um pai “criança”


Era o “pequeno” pai que não queria que crescessem para que não saíssem do meu colo, que não criassem asas e voassem.

Era o “pequeno” pai que não desejava vê-los longe dos olhos e do coração.


Era o “pequeno” pai que não queria crescer para não deixar de ser “criança” ao lado deles.

Hoje, sou um pai “maior” que cresceu com eles. Hoje eles estão adultos, bonitos e fortes, cheios de sonhos e conquistas.

Hoje, sou um pai “maior” que se abriga no mesmo abraço com a certeza de que não sou só.


Meus filhos, Filipe e Ana Karoline amo muito vocês e sinto não podermos mais ser “pequenos” e não brincarmos às mesmas brincadeiras de antes, mas obrigado por acolher-me no abraço que vocês me dão.

JosinaldoM


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