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POR QUE CASAMENTOS ACABAM?

Atualizado: 17 de jan.

São muitos os casamentos que não chegam ao fim de um vendaval ou ao início de uma tempestade. Mas se diluem antes de amadurecerem ou quando maduros não resiste as rugas do tempo.


Tentarei responder a pergunta que fiz no título desse post, mas se ainda restarem dúvidas e se você quiser acrescentar, sinta-se à vontade para fazê-lo, use os comentários.


Os casamentos são realizados numa atmosfera de amor e cumplicidade pouco vistos em outros acontecimentos da vida. Quando duas pessoas resolvem, voluntariamente, se juntarem no matrimônio, escolhem também se separarem de suas vidas individuais e solitárias para viverem uma vida comum e coletiva.


Deus criou o matrimônio, as testemunhas/padrinhos avalizam, o juiz o padre ou o pastor abençoam o ato, as alianças são colocadas para nunca serem tiradas, as pajens lançam as pétalas de rosas no caminho dos recém-casados, os familiares e amigos lançam arroz (desejando boa sorte e fecundidade, felicidade e fertilidade para o casal) e o casal apostam todas as fichas na prosperidade daquela união e saem da cerimônia felizes e cheios de amor. Que maravilha!

O casamento é um ato impecável do ponto de vista jurídico e composto de todos os aparatos para garantir à ambas as partes uma vida conjugal "perfeita" e possível. Mas, a outra realidade começa após o “sim” e logo surgem os “se”, os “por quês”, os “talvez”, as “densas nuvens”, etc. e tal., e o casamento começa a entrar em loop de realidades. O véu e o vestido brancos são deixados no quarto da lua de mel e as verdadeiras roupas são vestidas. As verdades e dificuldades de uma vida a dois começam então a entrar nos eixos. O sonho do casamento perfeito vai ficando nas entrelinhas do dia-a-dia real e os cônjuges começam a enxergar a realidade além do que as palavras ditas no ritual. As faturas das promessas começam então a serem cobradas e nem sempre aqueles que “casaram” conosco naquele memorável dia, com exceção de Deus, estão dispostos a nos ajudar à pagá-las.


O casamento começa a ganhar status e ambos os cônjuges vão aprendendo a lidar com as diferenças, se ajustarem ao desconhecido a abrirem mão de seus desejos pelo outro, até aí tudo muito lindo e especial. Quando confiamos nosso casamento apenas em outros e não em nós mesmos (não que isso seja ruim), somos surpreendidos pelas dificuldades de uma vida a dois e vem junto as intempéries tão comuns a relação conjugal.


ALGUNS CASAMENTOS ACABAM POR QUE NUNCA COMEÇAM.


Porque as promessas de um casamento feliz e “até que a morte os separe” foram feitas na confiança dos outros (testemunhas, padrinhos, pajens, juiz, padre, pastor, etc. e tal), e não verdadeiramente, em nós mesmos. O casamento que começa confiando na luz dos outros, tende a cedo ou tarde a ficar sem essa luz.

Casamentos acabam quando falta doação mútua.


Casamentos acabam quando não conseguimos compreender o quanto ele carece de algo mais que uma "lua de mel" espetacular! Algo mais do que uma satisfação emocional, sexual ou financeira, algo mais que uma bela casa bem mobiliada e uma farta conta bancária, algo mais que umas viagens nas férias de verão no Caribe ou logo ali, algo mais que uma troca de roupa de cama. O casamento precisa dedoação mútua e intransferível.


ALGUNS CASAMENTOS ACABAM QUANDO IMPEDIMOS QUE O OUTRO VIVA SUAS EXPECTATIVAS E SONHOS.


Compartilhar o mesmo teto, ser suprido pela presença, ser alimentado pelo afeto, ser respeitado pelo que é etc, é maravilhoso! Quando falta a compreensão do outro e suas necessidades, quando surgem pequenas desilusões que são jogadas para baixo do tapete da alma, quando o cônjuge aposta mais em si próprio do que em ambos, quando não conseguem torcer pelo sucesso do outro sem antes se colocar na dianteira do seu próprio, quando o amor aprisiona até sufocar, quando o contato visual é escasso ou perdido por outras paisagens atraentes, quando a comunicação singela e respeitosa dar lugar aos maos tratos verbais e inconsequentes, quando a alegria da chegada não é mais sentida, quando o sexo é o mais desejado e o carinho é secundário. O resultado é o casamento partidário e individualizado. Onde o que importa são os meus objetivos e não o do outro. O cônjuge passa a ser o(a) roubador(a) de sonhos.


CASAMENTOS ACABAM QUANDO OS CÔNJUGES TERCEIRIZAM À RELAÇÃO


Quando passam a depender mais de outros (familiares e amigos) para se manterem sob o mesmo teto, na mesma cama, na mesma alegria, na mesma dor. Num mundo onde se terceiriza quase tudo, o casamento não tem ficado de fora desse escorpo. Se não conseguirmos manter a relação, inseri-se "outro(a)" ou "outros(as)" no meio que assume as rédeas. Aí você sabe no que vá dar, não sabe?


As pessoas que deixamos penetrar no nosso casamento, que não seja para celebrá-lo, começam a destruir nossa relação de fora para dentro. Cuidado com quem você convida para estar junto à vocês.


Casamentos acabam quando desistimos de nós mesmos e do outro por acharmos que a vida a sós era a melhor coisa.


Arrepender-se de algo é normal, mas a depender de certas circunstâncias onde houveram planejamento e muito amor na realização do casamento, causam mais sofrimento que alivio. Ao invés do arrependimento exerça o perdão. Ninguém é perfeito!


Casamentos acabam quando deixamos Deus de fora.


Quando não pedimos a Ele que nos ajude, que sustente nossa relação conjugal quando nossas energias ou até mesmo o amor cambaleiam.

Crises todos temos e se você ainda não às tem são uma exceção muito bem-vinda nesse navio nebuloso e cheio de gente tentando remar para frente apesar das fortes tempestades.


Olhe em sua volta. No entorno existem outros tantos casamentos enfrentando crises iguais ou piores que as suas. Alguns desistem outros seguem vencendo e adequando-se á realidade sempre juntos e felizes.

Por que casamentos acabam?

Qual a sua resposta?


Abraço com sincero desejo de que seu casamento nunca acabe.


Josinaldo M.



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