Sua consciência é inviolável?
O tema em pauta busca pensar a questão da inviolabilidade da consciência, apontando questões onde as mudanças são mais perceptíveis e de modo amplo estimular a reflexão sobre a consciência nossa de cada dia, que sobre muitos aspectos sofre uma quase incapacidade evolutiva. Não é novidade que muitas pessoas lutam contra questões que parecem impossíveis de vencer e se entregam, baixam a guarda e desistem.
No mundo cheio de “novos” comportamentos e velhos hábitos algo me leva a uma inviolável reflexão que me conduz a fazer a seguinte pergunta: Nossa consciência está sendo violada? Direta ou indiretamente estamos sendo vítimas de uma mudança brutal em nossa maneira de enxergar as coisas e de atitudes. As mudanças externas são tão avassaladoras que arremete a todos nós numa luta mental e física para compreender e adaptar-se aos novos tempos.
O mundo pós moderno é um lugar “novo velho” repleto de enxertos nocivos, que tenta aniquilar o velho mundo ou os novos comportamentos tentam livrar-se dos ditos velhos. Essas transformações teem afetado em cheio à consciência – esse lugar protegido de emoções, frio e calculista. As mudanças do mundo atual afetam diretamente o que chamo de estado consensual ou harmônico da mente, provocando desequilíbrio e instabilidade demonstrando sinais claros da violação.
A consciência é um porto seguro para os grandes navios que navegam nosso interior e é também a chave que abre e fecha às comportas permitindo equilíbrio do fluxo entre idas e vindas. A consciência também é a última fronteira a ser conquistada. Ela é um firewall poderoso conta tentativas de violação não autorizadas.
Onde quero chegar com essa reflexão mental? Porque deveria me preocupar com esse assunto? Minhas respostas a essas questões pode parecer irrelevante e paranoica – mas presto-me a “loucura” de afirmar que estamos nos deixando ser violados na nossa consciência. Se em tempos atrás éramos forçados à uma mudança por via das armas e guerras, hoje estamos sendo igualmente forçados por vias ideológicas, políticas, perca da liberdade, encarceramento físico e mental. Você já parou pra pensar que nossa consciência está cada dia menos exigente? Por quê será? O que ocasiona tal fragmentação mental? Não disponho de todas as respostas e nem desejo encerrar aqui à questão, mas me atrevo a listar alguns pontos que julgo relevantes:
1. Parte significante da humanidade está vivendo na virtualidade;
2. Homens e mulheres disputam à atenção do mundo virtual;
3. As decisões políticas são recheadas de irracionalidades e interesses pessoais;
4. O comportamento de cada um(a) torna-se do coletivo sem muitos filtros morais;
5. Expressar sentimentos, mesmo que aleatórios, é ofensivo e deve ser contido;
6. A família tradicional, no contexto dos novos comportamentos é cada vez menos relevante e necessária;
7. A vida humana é quase sempre substituída pela vida animal;
8. A ética, a moral e o bom senso caíram na teia da superficialidade normativa;
9. Não existem o certo ou o errado, ambos estão enjaulados no sentimento (no que eu sinto);
10. Doenças físicas e mentais são tratadas como iguais num mundo onde todos estão saudáveis porque fazem e vivem como querem;
11. Os novos comportamentos põe dúvida nos velhos hábitos por julgar serem eles aprisionadores;
12. Os novos comportamentos tentam deixar Deus de fora da existência, do cotidiano, etc. e tal., ignorando a religiosidade ou a fé, como se ambas fossem causadoras de desequilíbrio mental;
13. Um número enorme de crianças, adolescentes e jovens já sofrem de profunda ansiedade e desequilíbrio mental enchendo os consultórios psicológicos e psiquiátricos em busca da cura para doenças inexistente no corpo que foram parar na mente sem filtros;
14. O abandono dos princípios cristãos pelas novas gerações lhes tem custado muito caro. O mundo cristão está envelhecido e menos populoso.
Cada um desses pontos acima merecem uma reflexão que convido você a fazer comigo, na esperança de encontramos caminhos e saídas possíveis para tantas questões que nos afligem cotidianamente nesse vasto universo mental. Eu não acredito que muitos dessas questões que citei acima são uma construção do ocaso. Para mim, tudo tem um início, um meio e um fim. Parte considerável de nossa existência é vivida no meio e não necessariamente no fim. Somos naturalmente existencialistas, ou seja, o aqui e agora é o que interessa, enquanto que o resto ficou para trás e o amanhã não nos interessa. Existe uma verdade bíblica e divina quanto ao amanhã que não nos cabe saber, mas existe também uma verdade bíblica e existencial quanto ao passado que nos trouxe até aqui. Se ignoramos o passado não existimos no presente ou existimos por causa de outros e não por causa de nós mesmos. Se desistimos do futuro morremos aqui e agora. É tudo uma questão de entender que estamos numa ponte ligando o passado ao futuro.
A consciência não deve ser apenas uma luz acesa na escuridão existencial, mas também uma arma eficaz contra a violação dela por agentes externos. A saúde mental é por si só um grande trunfo que temos contra a manipulação e a doutrinação sem filtros. Somos livres para seguir o caminho que acharmos melhor para nós mesmos, mas incentivo o contraditório, a liberdade não as “algemas mentais”.
Quantos de nós já paramos para pensar um pouco mais antes do soar do sino? Quanto de nós não ponderamos mais antes de tentarmos pular um precipício à frente? Quanto nos custa queimar uns poucos de neurônios?
Não permita que sua consciência seja violada ou manipulada sem ao menos um esforço seu para entender o que de fato está por trás de um quadro bem pintado, de um sorriso largo, de uma proposta fácil, de um caminho largo, etc. e tal… Seja dono exclusivo de sua mente e zele por ela.
Um abraço!
Josinaldo M.
Comentarios